Um desafio comum é a necessidade de fazer reparações a pessoas que também nos causaram danos, seja um parente que tenha abusado de nós, um amigo que nos enganou, ou um empregador injusto. Nos passos anteriores, conseguimos resolver suas ações de nossas próprias responsabilidades, entendendo claramente que estamos buscando fazer reparações. Ao nos prepararmos para abordar essas situações diretamente, é crucial mantermos a clareza de que nossas ações refletem nossa participação nos conflitos, não buscando forçar reparações recíprocas ou limpar a sujeira alheia.
Durante o processo de reparação, devemos manter o foco em nosso propósito, independentemente de como nossas ações serão interpretadas ou se recebermos reparações em troca pelos danos que sofremos. Nos casos em que o mal causado a nós foi significativo, como abusos na infância, a decisão de adiar as reparações é válida. Mesmo que não tenhamos responsabilidade pelos abusos sofridos, registramos qualquer dano causado por nossas ações subsequentes.
Perdoar as pessoas que nos causaram algum mal, antes de iniciar o processo de reparação é um passo crucial. Tentar fazer reparações enquanto ainda estamos furiosos não é produtivo, pois nossos sentimentos se manifestam, não importa o quanto tentamos escondê-los.
É crucial distinguir entre situações em que fomos prejudicados involuntariamente e aquelas em que nosso comportamento foi planejado para o tratamento recebido. Reconhecer que muitas vezes construímos nosso próprio sofrimento pode facilitar o perdão daqueles que nos feriram.
Outra abordagem para o perdão é a empatia, imaginando a vida daqueles que nos prejudicaram. Compreender que as pessoas podem agir de maneira prejudicial devido às suas próprias lutas pode nos ajudar a perdoar e amar melhor. Admitir desde o início que a maioria das pessoas tem bom interesse, e se alguém não envelhece gentilmente, pode estar enfrentando sofrimento ou desespero, é um passo significativo em direção ao perdão e à compaixão.